Zé da Roça aka Psilosamples, direto da terra gloriosa que deu ao mundo Thomas Green Morton, Puro Lixo, Space Invaders e o fanzine Velotrol, lança seu primeiro disco intitulado As Aventuras do Zé no Planeta Roça na festa Engasgagato #2.
O disco está disponível para download gratuito pelo o selo Okiru. É só clicar e baixar: www.okiru.org
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Na mesma noite: Victor Rice no gravador de rolo antes de partir para NY por tempo indeterminado.
Discotecagem: Kiko Dinucci, Mauricio Takara e Rogério Martins.
Serviço:
Data: 25 de agosto às 21h30 | R$10
Shows: Psilosamples (MG) e Victor Rice (NY-SP)
Dicotecagem: Kiko Dinucci, Mauricio Takara e Rogério Martins
Local: Tapas Club | Rua Augusta 1246 – SP
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Abaixo segue o texto escrito pela a jornalista Bruna Bittencourt para o jornal Folha de São Paulo (Ilustrada) no dia 12.08 sobre o Psilosamples.
Zé da Roça
Produtor mineiro faz música eletrônica com referências à MPB e ao campo
BRUNA BITTENCOURT
DA REPORTAGEM LOCAL
“Queijo e Goiabada”, “Creme Gostoso”, “Dona Tiana”, “Roça Multicolors”, “Roberto vs. Cleide”. Não parece, mas são nomes de músicas. E eletrônicas.
O autor delas é o mineiro José Roberto Machado Segundo, ou apenas Zé. O produtor de 24 anos batizou de Psilosamples seu projeto que une batidas eletrônicas e referências à música brasileira e com o qual lançou este ano o disco “As Aventuras de Zé no Planeta Roça”, em versão digital e disponível para download gratuito (no site do selo www.okiru.org).
“Eu nasci em Poço Fundo, que tem 10 mil habitantes. Meu avô tocava acordeon, minha avó tem o melhor forró da cidade. Cresci rodeado por isso”, afirma Zé, sobre sua música eletrônica brejeira.
Antes de começar a compor, discotecou em raves de Minas Gerais. “Mas eu fico muito travado quando penso em produzir alguma coisa de fora”, diz, sobre vertentes importadas da música eletrônica que dominam as pistas brasileiras. “Não tenho a mesma habilidade de quando ouço samba. Sento no computador e começo a fazer um recorte, mexer nele.”
Zé produz baterias e sintetizadores e se apropria de trechos de canções nas suas produções, principalmente de “música brasileira que dá para colocar o dedo”. Já tomou emprestado samples de Chitãozinho e Xororó (“Mental Surf”), Egberto Gismonti (“Mestre Egberto vs. Verme José”) e Michael Jackson (“Michael, Jesus and Me”, homenagem póstuma ao cantor). Se suas colagens parecem a de um Four Tet tupiniquim, Zé cita como referências outros produtores da música eletrônica como o duo inglês Autechre. “São produtores que usam a mesma metodologia: uma pessoa e um computador. Essa é a minha. E melhor do que um computador, só dois”, diz. “Minha relação com o computador é a mesma que a de um violeiro com sua viola.”
Ao vivo, Zé se apresenta apenas com um laptop. No mês passado, fez alguns shows em São Paulo, mas não sabe quando volta. “Quem decide isso são eles, que me convidam. Quem quiser me chamar, eu tô indo.” E se o disco está disponível para download gratuito, doações são bem-vindas na página dele no MySpace (myspace.com/psilosamples).
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